quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O Silêncio e As palavras

É interessante como o silêncio entre duas pessoas, especialmente entre duas pessoas que são um casal, quase sempre denota algo ruim. O silêncio entre namorados, entre marido e mulher, é quase sempre ruim, quase sempre significa algo mais: uma situação a ser resolvida, uma dor no coração, um receio.

Eu sou do tipo racional e tenho uma dificuldade extrema com os silêncios. Talvez por crescer numa casa cheia de gente (4 irmãos) onde todos se falavam o tempo todo, gritavam, brigavam... aprendi o valor das palavras para inclusive manter o emocional em ordem.

Buscar o silêncio pode ser uma dávida, uma bênção, um santo remédio; talvez por isso mesmo seja uma desgraça quando as pessoas transformam o silêncio numa arma. Ou então, quando se recorrem ao silêncio para evitar o confronto.

Eu sou daquele que prefere a pior das palavras ao vazio do silêncio. Prefiro ouvir o que não quero, o que não me agrada, prefiro as palavras arranhando minha sensibilidade do que o silêncio me sufocando como se eu estivesse numa estufa.

Talvez não ajude, mas estou convicto que as palavras são remédio melhor, muito melhor que o silêncio. Palavras ditas e ouvidas acabam por exigir de nós maturidade, nos obrigam a crescer, a confrontar-nos com o que não gostamos ou não queremos, a perceber o outro com uma clareza tamanha que talvez preferíamos não ver.

Por mais que o silêncio possa ser remédio para aliviar a dor, as palavras são mais eficazes. Quando falamos não liberamos apenas palavras, liberamos sensações, sentimentos, vontades, o próprio ato de falar é terapêutico. Quantas vezes pessoas as mais diversas já experimentaram sentir um imenso alívio apenas por falarem, por verbalizarem?

Estudo de caso - 1: "A esposa reclama que o marido disse algo que a ofendeu". Qual é a reclamação dela? O fato dele ter pensado ou sentido aquilo ou apenas o fato dele ter falado? Não seria por isso que muitos maridos acabam se fechando para suas esposas, namorados para as suas namoradas, e saem à procura de outras pessoas que possam ouví-los sem reclamações. Não seria o caso de valorizarmos ao extremo o que os outros nos falam, mesmo que não gostamos do que eles nos falam? Interessante é notar também que nem sempre o que falamos significa o que as palavras literalmente significam: quantas vezes falamos alguma coisa fazendo de conta, de bobeira? Tudo bem que a sensibilidade da pessoa que ouve precisa ser considerada, nem sempre é fácil apenas ignorar ou dizer um "não gostei" para o que se ouviu.

Estudo de caso - 2: "O marido fala de uma fantasia que deixa a esposa horrorizada". Quantos maridos/ namorados têm desejos e fantasias sexuais que simplesmente não têm coragem de falar para suas amadas. E não apenas eles, sei de uma esposa que confessou ter por inúmeras vezes sonhado com ela e o marido fazendo sexo junto com outro casal. Mas ela nunca falou desses sonhos para o marido. Será por quê? Será que os casais não ganhariam muito com o simples fato de falarem abertamente sobre suas vontades, fantasias, sonhos?

Tenho aprendido que sentimentos são apenas sentimentos, nada mais que isso. A Bíblia já nos ensina que sonhos são sonhos, nada mais que isso (Jr 23.28). Fantasias também não são nada mais que fantasias - todos sabem que há uma enorme diferença entre desejar algo e realizar essa mesma coisa. Da mesma forma que a raiva é apenas um sentimento (num acesso de raiva podemos gritar que odiamos a pessoa que mais amamos, temos vontade de esganar a mesma pessoa pela qual teríamos todo o cuidado do mundo se sofresse o menor dos arranhões). Se é assim, porque não falar, expressar, deixar que os sentimentos, vontades e fantasias fluam livremente deixando nossos relacionamentos mais sólidos?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ela me lembra a Maitê

 a personagem que a Maitê está interpretando
na novela das 8 na Globo,
desperta minha imaginação.

Ela me lembra a Maitê.
Pode ser o seu indelével frescor de menina
Ou talvez pela sofisticação que nela se vê
Mas é provável que seja outra coisa que me fascina.

A paixão à flor da pele além do que se pode ver
O calor do desejo acedendo seus olhos cor de mel
que brilham com mil mistérios e é bom crer
pois seu sorriso esconde um inferno e todo o céu.

Tento em vão impedir cada nervo meu de estremecer
À suave provocação, sensual visão dela naquele jeans
E perco-me no perfume seu que incita meu querer.

Seus sapatos vermelhos transtornam meu olhar
E seu cheiro me enlaça como seu sorriso faz enrubescer
Te olho abobalhado e penso em tudo, menos na Maitê

Inspire-se

"Eis que és formoso, ó amado meu, e também amável; o nosso leito é verde" (Cantares 1.16).

Já fez amor no mato, deitado na grama, roupas estendidas sobre o capim?

"Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, porque desfaleço de amor" (Cantares 2.5).
"O nardo, e o açafrão, o cálamo, e a canela, com toda a sorte de árvores de incenso, a mirra e aloés, com todas as principais especiarias" (Cantares 4.14).

Já foi ao mercado com uma lista de alimentos afrodisíacos? A moça pede por afrodisíacos que a dêem mais energia para fazer amor. E ela mesma perfuma sua casa, quer seu amado atiçado!

"Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, para que destilem os seus aromas. Ah! entre o meu amado no jardim, e coma os seus frutos excelentes!" (Cantares 4.16).

Já se perfumou e convidou seu amado para vir te comer? Depois de se perfumar com aromas afrodisíacos ela convida seu homem a provar do seu cheiro; e o segundo convite não poderia ser mais explícito: "Vem e coma os seus frutos excelentes".
"Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se se aparecem as tenras uvas, se já brotam as romãzeiras; ali te darei os meus amores" (Cantares 7.12).

Já convidou seu amor para um passeio com direito a sexo ao ar-livre?

"Quão formosos são os teus pés nos sapatos, ó filha do príncipe! Os contornos de tuas coxas são como jóias, trabalhadas por mãos de artista" (Cantares 7.1).

Como o último elogio original que você fez? Fuga do lugar comum (gato, gostosa), mas evite ser brega. 

"O teu umbigo como uma taça redonda, a que não falta bebida; o teu ventre como campo de trigo, cercado de lírios" (Cantares 7.2).

Experimente-te! Ela deitada, ofegante com seus dedos acariciando-a na parte interna das coxas e você bebendo licor de amarula no umbigo dela.

Dialogar é preciso

"Aprendi que, apesar do convívio contante com o mundo de sexo, drogas e rock'n'roll, era perfeitamente possível passar ao largo das drogas. não era questão de "dizer não às drogas", nem de campanha dos meus pais" (Ricardo Semler).


Esse é um trecho do livro autobiográfico do executivo mega bem-sucedido Ricardo Semler em "Você está Louco".
Leia novamente a frase dele, você facilmente dirá que ele está certo; agora, não é o mesmo em relação ao sexo?
Tem um monte de pais por ai fazendo de tudo para que os filhos se iniciem na vida sexual, que se mantenham virgens, etc. Ao meu ver, é a pior coisa que os pais podem fazer; isso não irá impedir nada e apenas vai gerar uma barreira entre pais e filhos. o que pode gerar aquela situação tola: o filho figindo que ainda é virgem e o pai figindo que acredita.
Minha opinião é: a questão da virgindade é algo extremamente pessoal fruto da maneira como o menino ou menina pensam, encaram a vida, a maneira como administram suas vontades.
O pai ou mãe precisa observar, acompanhar sem julgamentos ou imposições e se, perceber que o filho ou filha querem muito se iniciar na vida sexual, dêem apoio e conversem abertamente sobre os perigos de uma vida sexual ativa.
Em síntese: Percebeu que o filho quer muito transar? Então assegure-se de que ele estará protegido. Ensine-o a usar um preservativo, use sua cumplicidade com ele/ela para garantir de que ele só irá transar devidamente protegido.

Uma grande desgraça que assola a família é o culto à hipocrisia, não deixe que isso aconteça.