terça-feira, 1 de setembro de 2009

Morre lentamente...


Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve musica, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco, e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Morre lentamente...

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* * *

Infelizmente é dificílimo saber a autoria de alguns belos textos como esse,
que na maioria dos lugares á atribuído a Pablo Neruda.
Foto: daqui

2 comentários:

carlus disse...

realmente, muitas de nossas escolhas podem nos acabar fazendo morrer lentamente!

Claudia disse...

...Gostei!!!
desde o nome escolhido "Melhor que vinho" até os temas e textos descritos... parabéns!